Para conhecer a realidade e quem sabe apropriar-se e aproveitar-se dela o homem moderno tem que “beber” diferentes tipos de conhecimentos.
O conhecimento leva o homem a apropriar-se da realidade e, ao mesmo tempo a penetrar nela, e isso confere-nos a grande vantagem de nos tornar mais aptos. No inverso a ignorância anula as possibilidades de avanço para melhor, mantém-nos prisioneiros das circunstâncias. O conhecimento tem o poder de transformar a opacidade da realidade, de tal forma que nos permite agir com certezas, segurança e precisão, com menos riscos e menos perigos.
O Conhecimento faz do ser humano um ser diverso dos demais. E falar de conhecimentos implica falar de uma lista quase classificativa e ilimitada de conhecimentos,como:
Conhecimentos empíricos
Conhecimentos científicos
Conhecimento Filososfico
Conhecimentos teológicos
E ter a capacidade de tentar entender estes tipos de conhecimento implica claramente uma “teoria do conhecimento”, com as suas principais correntes e representantes.
A) Quanto a origem
-Empirismo
-Racionalismo
B) Quanto a Essência
-Realismo
-Idealismo
C) Possibilidade do conhecimento
-Dogmatismo
-Cepticismo
Dai que por vezes me sinta menos feliz quando alguns “intelectuais da fraseologia moderna”, tentam quase cientificamente e numa filosofia mas vanguardista escarnecer dos conhecimentos empíricos de cada um dos outros.
Desde a antiguidade, até os dias de hoje, um lavrador, mesmo iletrado e/ou desprovido de outros conhecimentos, sabe o momento certo da semeadura, a época da colheita, tipo de solo adequado para diferentes culturas. Todos são exemplos do conhecimento que é acumulado pelo homem, na sua interacção com a natureza.
O conhecimento empírico dá-se principalmente pela incorporação de experiências e conhecimentos produzidos e transmitidos de geração a geração, através da educação e da cultura, e isso permite que a nova geração não volte ao ponto de partida da que a precedeu. Ao actuar mesmo que empiricamente o homem imprime a sua marca na natureza, torna-a humanizada. E à medida que a domina e a transforma, também amplia ou desenvolve os seus conhecimentos e as suas próprias necessidades. Falar de linhas de passe, bloco baixo ou alto, transicoes ofensivas ou defensivas, basculacoes, treino integrado ou periodização táctica como se empiricamente nada disso já se tivesse trabalhado antes e medíocre demais. Falar de princípios e sub-princípios, modelos e sistemas de jogo e continuar a falar de NADA. Falar só, nunca conseguira por uma equipa a jogar bom futebol. E comentar sem saber do que se esta a falar bem pior ainda o e!
O importante e conciliarmos conhecimentos com outras virtudes essenciais para o saber humano, como a sensibilidade popular, o bom senso, a sabedoria, a experiência de vida e a ética, enfim, aquilo a que eu gosto de dizer: entrar na era da “HUMANIZACAO DO TREINO”. Conhecer é comunicar-se, interagir com diferentes perspectivas e modos de compreensão, inovando e modificando a realidade.
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