sábado, 28 de maio de 2011

Maló adia anúncio do “seu” treinador


À margem da iniciativa de campanha desta quinta feira, Maló de Abreu, candidato à presidência dos estudantes, confirmou que não vai revelar qual é o seu treinador preferido para suceder a Ulisses Morais, caso vença as eleições de 7 de junho. O perfil, “de um treinador ganhador e experiente” está definido, mas Maló deixa a promessa que não vai falar desse assunto até ao dia das eleições. Treinadores sem colocação como Augusto Inácio, Manuel Cajuda ou Paulo Sérgio, apurou Record, são três dos nomes que encaixam no perfil desejado por Maló.

Noticia “RECORD” –Quinta- feira 26.05.2011

REGRESSO A PORTUGAL


Regressar a Portugal

         Passados 15 dias de ter  terminado o meu vinculo laboral ao Al Sharjah , tenho o meu regresso marcado para  a próxima semana a Portugal. Claro que já poderia ter regressado , tal como o fizeram  todos os meu colaboradores neste dois anos de magnifico convívio com o mundo árabe através de um contrato de trabalho, que me permitiu um ENRIQUECIMENTO HUMANO , que não será fácil descrever. Afinal muito para alem  dos objectivos que nos foram  pedidos e alcançados , muitos outros nos fizeram ficar por uns tempos mais neste mundo fascinante. Contactos com amigos feitos aqui e com adeptos do AL Sharjah, contactos com agentes e clubes locais , que continuam a fazer propostas para continuar aqui a trabalhar foram e são motivos que fizeram  com que não estivesse já em Portugal. Continuo a ter uma palavra enorme de agradecimento ao AL Sahrjah, e a todos os seus adeptos ,dirigentes e funcionários. Al Sharjah ficara para sempre no meu coração. Na verdade a possibilidade de continuarmos juntos  chegou ao fim com elegância. O Al Sharjah mesmo com todos os esforços dos seus dirigentes , jamais me poderia no futuro dar condicoes de trabalho que me permitissem lutar pelos lugares cimeiros da classificação. Até admito pegar numa equipa que não esteja actualmente entre as melhores do campeonato, se o objectivo for o de crescer e o de, no futuro, lutar por títulos ou competicoes internacionais. Saio de consciência muito tranquila, porque foi mais um trabalho realizado e cumprido. Como tem sido quase sempre na minha carreira. Nunca tive medo dos objectivos,  a vida de um treinador será sempre assim. O problema é exigirem um objectivo sem poderem oferecer condições para o atingir.

        Ao ser agora um treinador livre de compromissos, foi com naturalidade que  comecei a ver o meu nome  ligado a  varias hipóteses de trabalho, uma verdadeiras outras completamente falsas ou fora do meu  conhecimento assim como também com naturalidade vi o meu nome associado a um  regresso ao futebol português.

          Claro que não rejeito a possibilidade de voltar a Portugal. Confesso mesmo que tenho essa AMBIÇÃO,  e que o farei, se aparecer um convite tentador e que permita alcançar o estatuto do treinador com mais jogos na Liga portuguesa em toda a história do futebol nacional.  São poucos os jogos que me faltam e esse é um objectivo que gostaria de alcançar na minha carreira. E por uma questão de orgulho próprio, de AMBIÇÃO que se renova diariamente, porque ser o treinador com mais jogos na liga portuguesa, em toda a história do nosso futebol não estará com certeza ao alcance de todos e isso tem de ter algum valor. Por muito que algumas pessoas tentem diminuir o meu estatuto no futebol português, ele aí está. Se voltar a Portugal, esta época, em poucos jogos poderei ser  o treinador com mais jogos no campeonato nacional, desde sempre.


                  A verdade é que e esta AMBIÇÃO que me pode fazer correr para pode alcançar um marco histórico na minha carreira do treinador , mas também no futebol português. Sem modéstia , sei que sou um treinador com resultados comprovados no campeonato português e, a qualquer momento, pode surgir um convite tentador: «Que terá mesmo de ser tentador. Mas atenção, tentador não significa financeiramente atractivo, significa que deve ter um projecto por detrás. E objectivos bem definidos. Não quero voltar ao futebol português sem um objectivo claro. Para mim e para o clube. O regresso a Portugal não é uma obsessão, é uma possibilidade, como outras. Tenho  contactos e não convites, da Roménia, da Turquia, dos Emiratos Árabes Unidos e também do Irão e Qatar e verei, nos próximos dias, o que me pode aliciar mais. Porém, como digo, não é certo que regresse a Portugal mas também não excluo essa hipótese.


sábado, 21 de maio de 2011

OBRIGADO SHARJAH



Depois deu uma reunião com o Sr. Presidente do Sharjah F. C., decidimos com um acordo de cavalheiros, interromper o contrato que me ligava ao Sharjah.

Ainda que lutando diariamente com inesgotaveis e imensas dificuldades, não deixa de ter sido uma  super experiencia, verdadeiramente enriquecedora culturalmente e desportivamente, ainda que num clube muito modesto , mas também um clube cumpridor.

Sinto que deixei a minha marca no Clube. Durante dois anos o clube sempre viveu momentos de tranquilidade classificativa. Renovamos uma equipa e mais que isso deixamos uma boa equipa para se no futuro o Sharjah trabalhar bem, poder sonhar com um futuro de sucesso.

Quero agradecer a todos que trabalharam comigo no Clube , pela ajuda que sempre me puderam dar, em especial ao Sr. Presidente e restante direcção, reconhecendo no entanto que com todo o seu excelente trabalho não consegui-o  vencer os muitos pontos de amadorismo do clube, em contraste com o profissionalismo desejado para poder sonhar com maiores ambicoes.

Olhando para o Sharjah que vim encontrar e para aquele que acabo de deixar, permite-me sair  feliz e satisfeito com o trabalho realizado. Os objectivos que me pediram foram completamente alcançados.

DESEJO AO SHARJAH F.C. OS MELHORES SUCESSOS FUTUROS.

terça-feira, 17 de maio de 2011

AL SHARJAH x AL ARLY



Próxima jornada com ainda maiores dificuldades

As dificuldades sentida no ultimo jogo, não pararam de crescer. Com as ausências por castigo e lesão de AL MASS, DARWISH e MOUSSA, primeiro e segundo por castigos e MOUSSA por lesão o numero de ausentes para este jogo continua em 11 jogadores num plantel de 27. Com a agravante de ate esta jornada estes jogadores serem dos mais utilizados e titulares indiscutiveis. Para completar a lista de jogadores convocados para este importante jogo, tive de me socorrer dos escalões de formação e de jogadores sem qualquer experiência ainda que se possa vaticinar para qualquer um deles, um bom futuro. FAHAD, MOREONE, YOUSEEF, BALOTELLI E FAHAD H são jovens compreendidas entre os 16 anos (2) e os dezoito anos. A FELICIDADE NAO SE RESUME NA AUSÊNCIA DE PROBLEMAS , MAS SIM NA CAPACIDADE DE LIDAR COM ELES. E baseando nesta bonita frase toda a minha experiência como treinador, que parto para este jogo com objectivos fortes e determinados. Sempre disse ao longo da minha carreira, que os clubes me pagam para arranjar solucoes e não desculpas. São com estas condicoes extremamente difíceis e complicadas que vou ter que arranjar as melhores solucoes. Se elas tiverem bons resultados todos irao dizer que são ou foram solucoes boas e inteligentes. Pelo contrario, se os resultados forem menos bons, não faltarão os candidatos a padrinhos depois de consumado o baptizado. Não faltarão os que dirão que no meu lugar teriam feito desta forma mais correcta, ou de uma outra mais objectiva. Acontece que ninguém poderá estar no meu lugar e por isso quem terá de escolher e tomar as decisões sou eu.
E TENHO A CERTEZA QUE AS VOU TOMAR, SEM RECEIOS, SEM MEDO E APENAS COM PENSAMENTOS POSITIVOS.


Nota: Jogadores lesionados e casti ) gados (Al Mass/Moussa/ Adel/ Sorour /Naceur /Taymour /Talib/Robinho/Yousouf/Kamali (50%).Darwish)
           Jogadores que ontem faltaram ao treino por estarem em periodo de exames (Kamali/Rashied e Hmid), tal como nao cumpriram estagio todo para o ultimo jogo, pelo mesmo motivo.

segunda-feira, 16 de maio de 2011

REGRESSO AO CAMPEONATO COM UMA DERROTA PESADA.




AL WAHDA 6 – AL SHARJAH 1

Dizem os bons princípios religiosos que quando o sofrimento e maior, mais se deve orar e suplicar a DEUS, que O hostilizar.
Não quero na hora de grande derrota, acusar nada nem ninguém, quero assumir as minhas responsabilidades e defender-me e aos meus jogadores também. Não me recordo nos últimos quinze ou vinte anos , de ter perdido por seis golos no campeonato português que e bem mais forte e competitivo que este dos Emiratos Árabe Unidos.
Acabei de perder por 6-1 na casa do ainda campeão  nacional. O resultado final e duro, mas a sua historia começa muito antes do jogo se iniciar. Com onze (11) jogadores impedidos de serem convocados por lesao ou por castigo (Rashed- guarda-redes /Khamis/Sorour/Adel/Taymour/Naceur/Yosouf/Robinho/Talib/Youseef/Balotelli), mais três (3) jogadores que ate ao momento da palestra estavam com dificuldade em jogar e entraram em campo com grande sacrifício (Fayez esteve dois dias hospiatilzado durante a semana, Moussa e Darwhis em tratamento ate ao inicio do jogo), so uma hora antes do inicio do jogo tinha a certeza dos jogadores que iria colocar em campo. Falei antes com o departamento medico que me garantiu que os atletas estariam em condicoes aceitáveis para jogar. Começamos muito mal o jogo e quase todos os golos foram erros individuais. Facilitamos no primeiro golo e o Segundo de penalty (correcto) Segundo antes poderíamos ter jogado do a bola for a, não o fizemos e cometemos um penalty estúpido. O nosso guarda-redes defendeu , mas o arbitro por indicação do arbitro assistente mandou repetir. Por protestos o nosso guarda-redes foi expulso. Com um (1) jogador a menos, a perder por 2-0, a jogar francamente mal por debilidade de alguns jogadores , com apenas uma substituição por fazer, restava quase esperar o final do jogo com ainda 46 minutos por jogar. Darwhis um dos jogadores em duvida no inicio do jogo, acabou por solicitar a sua substituição, o que acabou por limitar qualquer outra opção técnica/táctica que eu pudesse pensar executar. Sei bem que inicialmente joguei com três (3) jogadores muito limitados e um quarto lesionado no banco (Sorour) , muito mais limitado ficaria com esses três jogadores fora da equipa inicial. E tive a garantia do departamento medico de que esses jogadores estavam em condicoes aceitáveis. O departamento medico foi muito correcto mas não pode fazer milagres. Como disse no inicio, não me recordo de em Portugal, ter perdido por 6 nos últimos 15 ou 20 anos , mas agora perdi e a vida e feita mesmo assim.
Que em momentos fracos, poucos são os que gostam de estar no nosso lado, ao contrario dos momentos bons. Mas tudo acontece a todos um dia qualquer. Que o diga o Real Madrid que há bem pouco tempo perdeu com o Barcelona por 5-0.
E A VIDA CONTINUA…….


Devo juntar a tudo isto mais uma particularidade. Dois jogadores (Kamali e Hmid) foram mais tarde para estagio, com todos os argumentos desfavoráveis que isso implica em termos de descanso e concentração, porque tinham exames  na Faculdade.

domingo, 15 de maio de 2011

Nossa senhora de Fatima e o regresso do REI


Levantei-me cedo e pensei em tudo que deveria fazer antes que o relógio volte a marcar meia noite. Sempre agradeço a DEUS e N. Senhora de Fátima por me darem a possibilidade de tentar escolher que tipo de dia vou ter . Posso reclamar porque esta a chover ou agradecer às águas dos rios e oceanos por lavarem a poluição. Posso ficar triste por não ter dinheiro ou  sentir-me encorajado para administrar minhas finanças, evitando o desperdício. Posso reclamar sobre minha saúde ou dar graças por estar vivo. Posso estar grato por ter nascido. Posso reclamar por ter que ir trabalhar ou agradecer por ter trabalho. Posso sentir tédio com o trabalho diário ou agradecer a Deus. Posso lamentar decepções com amigos ou entusiasmar-me com a possibilidade de fazer novas amizades. Se as coisas não saíram como sonhei posso ficar feliz por poder começar tudo de novo. O dia está na minha frente esperando para ser o que eu quiser. E por isso estou aqui, o “escultor” que pode dar formatar tudo do meu dia. Tudo depende só de mim.

Por isso decidi agradecer, agradecer e agradecer.... E, jamais reclamar!Parece hipocrisia, mas não é. Eu sei que o que esta certo é fazer isso, mas sei que nem sempre o faço. Aliás, nós, seres humanos, quase nunca  o  fazemos. Adoramos reclamar. Reclamar do tempo, das crianças que incomodam, dos preços que aumentam, dos políticos, de ter que acordar cedo para trabalhar, de uma simples gripe, de ter que enfrentar em uma fila, dos vizinhos que chateiam, do chefe. Estamos sempre reclamando....Mas nunca pensamos na dádiva de termos saúde para podermos acordar todos os dias para trabalhar ou estudar, seja em um dia chuvoso ou com raios brilhantes de um sol lindo. De possuirmos  trabalho. Afinal quantos estão desempregados e desejariam ter um emprego como o nosso. De chegarmos a casa e encontrarmos nossa família, nossos filhos, brincando e fazendo maluquices. De termos a possibilidade de comprarmos comida e objectos de nosso desejo, mesmo que moderadamente porque o dinheiro é curto, mas, ao menos, não passamos fome e frio. Também reclamamos de certas situações que nos acontecem, dos problemas que surgem. Não, hoje não pretendo reclamar. Não adianta reclamar, afinal todos temos os nossos problemas. Uns mais pesados, outros mais leves. Ninguém escapa deles. A vida não é uma perfeição (acho que se fosse perfeita não teria muita graça!). Se alguma coisa não esta como tínhamos planeado, é fundamental que tenhamos paciência e muita calma nesta hora! Seguir em frente e acreditar que, no final, geralmente tudo acaba bem. Tudo tem uma razão de ser. É certo que existe um destino traçado para cada um, mas também é certo que todos podem reverter este destino para alcançar uma vida melhor. Para isso são necessárias algumas atitudes e qualidades, como a gratidão, a honestidade e muito, muito trabalho.Por isso neste dia quero agradecer a Nossa Senhora de Fátima , por tudo o que tem sido a minha vida. Agradecer pelos meus pais , pelos meus filhos, pelo trabalho , pela saúde, pelos amigos  e ao mesmo tempo agradecer  a todos também. Antes de reclamar quero recordar  que existem pessoas em pior situação que a minha.Por isso quero também recordar e agradecer que faz hoje quatro anos que aconteceu o regresso do REI. Que vi milhares de pessoas a quem devo o privilegio de me terem recebido no seio da sua família, felizes por terem recuperado o seu sorriso bonito, a auto-estima que estava destruída. Que feliz que me sinto por me terem presenteado com esses momentos fascinantes da minha vida desportiva. Claro que este não apaga outros vividos em outros clubes e cidades. Só que este aconteceu num dia especial. POR TUDO, E PARA ALEM DO TUDO, OBRIGADO SENHORA PELO REGRESSO DO REI. 

quarta-feira, 11 de maio de 2011

FUTEBOL : OCUPACAO / CRIACAO DE ESPACOS




компактен foi esta a palavra que levei alguns dias para a perceber e traduzir. Quer dizer em búlgaro, compacto ou em bloco e era assim que Khistto Mladenov queria que o Farense joga-se em 1982.


A ocupação do espaços e criação de novos espaços num jogo de futebol é algo  de fascinante  e ímpar

Para quem sonha ainda que de forma patética que foi o inventor nos  últimos vinte anos do “jogar em bloco”, eu (que era adjunto) e mais um bom punhado de jogadores poderemos testemunhar o oportunismo linguístico de muita gente para se afirmar proprietario de uma cultura futebolistica diferente. Mais estúpido fico quando ouço dizer: “a minha equipa joga em bloco alto, bloco médio ou bloco baixo como se só existi-se uma única equipa em campo e a outra nada tenha a dizer sobre a ocupação dos espaços num rectângulo de jogo. Uma vez fui jogar ao Estádio das Antas representando como treinador o Elvas e eu bem gritava para eles saírem da área ( ainda á moda antiga) e os jogadores gritavam para mim : Mister ai vem eles outra vez. No outro lado estava o campeão europeu de Artur Jorge e eu bem podia sonhar ou tentar jogar em bloco alto como queria e ate gritava.

São cerca de 7000 m2  em media, o que ocupa um rectângulo de jogo onde com 11 jogadores eu terei de anular e tentar enganar outra equipa também de 11 com toda a sua estratégia e orientação táctica. A minha equipa  equipa terá que fazer-se movimentar nesse espaço, com uma estruturação inteligente de ocupação dos espaços (ocupando uns e libertando outros para futuras accoes).

Algumas ideias e critérios  utilizados na intenção de promover ocupacoes de espaços de uma forma mais inteligente pelos jogadores e em sequência pelas equipas, exigem regras de acção e uma organização estrutural de todo o espaço em função do lugar ocupado pela bola e pelos jogadores adversários.

Referencias e regras são necessárias para que os jogadores devidamente   identificados orientem as suas accoes individuais , para colectivamente como equipa ocuparem um espaço estrategicamente escolhido que permita (ao mesmo tempo e o tempo todo) respeitar todos os  princípios estruturais de defesa, princípios estruturais de ataque, princípios estruturais de transição ofensiva e princípios estruturais de transição defensiva.

O futebol e um jogo de estratégias simultâneas e onde durante todo tempo os jogadores e as equipas são obrigadas a tomar decisões e por isso não e apenas importante que os jogadores saibam apenas o que tem de fazer , mas também o que os seus colegas de equipa tem como missão dentro da equipa.

Hoje que muito se fala e cada vez mais de táctica em futebol seria bom recordar que “quem só fala de tácticas pouco ou nada entende de futebol” ou melhor, tem imensa dificuldade em entender interacção e multididplinaridade de tudo que integra o TREINO DESPORTIVO e os conceitos modernos da HUMANIZAÇÃO DO TREINO.

Táctica será tudo o que quisermos, ocupação de espaços, criação de novos espaços , bloco alto ,médio ou baixo, linhas de passe ou a sua anulação, transicoes rápidas ou lentas , defensivas ou ofensivas, penetracoes ou contencoes, mobilidade movimentacional, quarto ,cinco ou dez momentos , como melhor quiserem.

Mas por favor, e também disciplinaridade, multidisciplinaridade e interdisciplinaridade entre ciências, culturas, metodologias, regras e accoes num treino desportivo cada vez mais humanizado.

Nota:Ocupação de espaços não e defender mas sim provocar a criação de novos espaços para atacar depois.                                                             

quinta-feira, 5 de maio de 2011

PALAVRAS BOAS DE UM AMIGO, QUE NAO CONHECO


«Devolveu grandeza ao Al Sharjah»
Reside nos Emirados Árabes Unidos há mais de vinte anos e assume-se como um profundo conhecedor do futebol árabe. Chama-se Júlio César Peixoto e até há pouco tempo foi o treinador principal do Al Arabi, um clube da segunda liga dos Emirados Árabes Unidos. Contactado pela assessoria de comunicação e imagem de Manuel Cajuda, Júlio César abre as portas da sua simpatia própria de cidadão brasileiro e torna-se uma espécie de mural tecnológico, através do qual aceita publicar a sua opinião sobre um dos treinadores que maior reconhecimento suscita nos Emirados Árabes Unidos. «Não conheço pessoalmente Manuel Cajuda, mas um dia, se houver essa possibilidade, gostaria de o fazer. Tem tido grande sucesso no Al Sharjah, num clube onde não tem sido fácil trabalhar nos últimos anos. Trouxe novos métodos, mas acho que onde a sua intervenção mais se tem destacado, é a o nível da liderança. Ninguém a discute e todos reconhecem que é o treinador que está liderando o processo. Isso é muito importante, até porque o presidente do clube sempre manifestou, publicamente, o seu apoio ao treinador. Em todo o Mundo, mas especialmente no mundo árabe, quando o presidente manifesta o seu apoio a um treinador, da forma como o presidente do Al Sharjah o tem feito, isso significa que existe um compromisso total entre ambos, entre o presidente e o treinador. Eu conheço bem o futebol árabe, a sua instabilidade e a sua cultura. O que Manuel Cajuda conseguiu assegurar no Al Sharjah, só é possível porque conseguiu impor a sua liderança no clube», disse Júlio César, velha raposa do futebol árabe, em declarações à assessoria de comunicação e imagem de Manuel Cajuda.
Para o treinador brasileiro, o Al Sharjah conseguiu recuperar estabilidade nos lugares de cima da classificação e, com Manuel Cajuda, conseguiu outro objectivo que vai perdurar nos próximos anos. «O treinador português renovou completamente a equipa, com o lançamento de alguns jogadores muito jovens. Estamos a falar de jovens talentos de 16, 17 anos que serão o futuro da equipa. Acredito que o Al Sharjah será uma das principais potências dos Emirados Árabes Unidos, nos próximos anos, se o clube aproveitar o trabalho que está feito. Vários jogadores têm sido chamados às selecções mais jovens e isso comprova o trabalho que está feito. Quando Manuel Cajuda chegou ao clube, o Al Sharjah tinha um plantel envelhecido, de jogadores em final de carreira e muitos deles com empregos que não permitiam um profissionalismo total. O treinador teve muito mérito na forma como conseguiu envolver todos no clube, para que fosse possível renovar o plantel», continuou Júlio César.
O futuro no Al Sharjah está assegurado, mas ainda é incerta a continuidade de Manuel Cajuda no clube. Os recentes problemas que afastaram o director-desportivo do clube, depois de ter criticado publicamente Manuel Cajuda, podem levar o treinador português a experimentar outro desafio. Algo que Júlio César compreende: «É um treinador com mercado, porque várias equipas estão interessadas em contratá-lo. Sei como funciona este mercado, os clubes têm um código próprio, por muito interesse que um clube possa ter por um treinador, se ele mantiver contrato com outro, dificilmente avançam para um convite ao treinador. Mas, se Manuel Cajuda tomar a decisão de sair do Al Sharjah e a anunciar publicamente, não faltarão ofertas tentadoras. Trata-se de um treinador com capacidade para estar nos melhores clubes do mundo árabe, lutando por títulos, por conquistas. Não me espantaria nada que Manuel Cajuda, na próxima época estivesse treinando um grande clube dos Emirados Árabes Unidos ou Qatar. Toda a gente reconhece a sua capacidade», adiantou ainda Júlio César, em declarações exclusivas à assessoria de comunicação e imagem de Manuel Cajuda.