A ambição quando não é real , pode ser
chamada de outro nome qualquer. É bom sonhar, é bom ser ambicioso , mas ser
realista pode ajudar também a criar um
vencedor. O jogo com a Espanha vai ser SÚPER-DIFÍCIL. Difícil pelo simples (só simples) facto de a Espanha ser a Campeã
Europeia e Mundial , por ser um conjunto fortíssimo (o principal candidato e
por enquanto a melhor selecção do mundo) e já temos motivos suficientes para
reconhecer que é extramente difícil. A Espanha não perde qualquer jogo oficial
, desde ao que julgo 2004. Com uma circulação de bola e de jogadores feita de
uma forma única ( até agora ninguém foi capaz de ténue imitação) , com talentos
incríveis (Iniesta , Xavi , Casillas
etc) e com um meio campo sem tréguas quer ofensivamente quer no processo
defensivo (pressão momentânea sem espaço definido). Ocupando os espaços como
nenhuma outra equipa (gestão territorial) , provocando a irritação dos
adversários com elegância , será na minha opinião sermos mais realistas que
ambiciosos. PORTUGAL SERÁ FORTE SE AMBICIONAR COM REALISMO. Arrisco a dizer ,
que o tradicional Portugal , não chega
para anular o tic-tac da Selecção Espanhola. Ter mais 10% de posse de bola ,
significa que o jogo tem menos 9 minutos para o adversário. É evidente que só
ter mais bola não é certeza de vitória. Mas continua actual a celebre frase de
José Maria Pedroto “NINGUEM VAI PARA O ATAQUE SEM BOLA”. Ter Ronaldo e Nani nos
flancos pode neste jogo não ser solução. E basta olhar ao ultimo jogo de
Espanha onde foram o lateral esquerdo e um médio defensivo que fabricaram os
golos. Não basta dizer que é só anular o Iniesta e o Silva por exemplo. Vamos
defrontar uma Selecção que nos últimos 10 anos encantou o mundo com o seu
futebol colectivista. Que tem mais de
50% de um plantel de equipa , que em 17 competições oficiais ganhou 14. TEMOS
DE SER AMBICIOSOS COM REALISMO repito. E adoro fazer este simples exercício. Como quero estar errado agora , para estar
certo depois.
FORÇA PORTUGAL. FORÇA
PAULO BENTO E RESTANTE COMITIVA
Se não formos finalistas, há
pelo menos um que aplaude